Speed são bicicletas
feitas para velocidade. Bicicletas speed são mais leves que outros
tipos, além de terem uma arquitetura voltada para o formato
aerodinâmico. Graças à moderna indústria, a bicicleta é cada vez mais
leve, resistente e veloz. Uma brilhante vitória para a máquina que
melhor uso faz da energia humana.
Em julho de 1990. depois de pedalar 90 horas, 43 minutos e 20 segundos, o americano Gregory LeMond venceu pela terceira vez o Tour de France,
a mais famosa e importante prova ciclistica do mundo. Para LeMond, foi
uma questão realmente pessoal. Um ano antes, sua vitória apenas 8
segundos à frente do favorito, o francês Laurent Fignon,
estabeleceu um recorde às avessas: foi a menor diferença entre os dois
primeiros classificados registrada nessa modalidade de corrida.
Na verdade, a pequena vantagem deixou margem para que os
especialistas em ciclismo atribuíssem o êxito do americano não a seu
esforço individual, mas à utilização de um novo aparato, destinado a
aumentar a aerodinâmica de sua bicicleta.
Tratava-se de uma extensão em forma de U, presa ao guidão, que permite
ao ciclista apoiar o cotovelo sem sair da posição que proporciona o
melhor rendimento nas pedaladas. A uma velocidade de 40 km/h, LeMond foi
ganhando de seu adversário francês até 2 segundos por quilômetro
rodado, um desempenho tão notável que levou Fignon a adotar o
dispositivo em outras provas.
Em pé de igualdede, no ano seguinte o americano pôde provar sua
superioridade sem nenhuma margem de dúvida: foram 2 longos minutos e 6
segundos de vantagem sobre o segundo colocado, desta vez o italiano Claudio Chiapucci. Com uma nova vitória na clássica prova, LeMond demonstrou como somar homem e tecnologia.
Como bem mostra o ciclismo, a luta pelo tempo hoje em dia, é travada
não só pelos competidores, mas por toda equipe, que tem de desenvolver
equipamentos cada vez melhores e mais eficientes.
Tarefa difícil, pois a bicicleta tem sido a mais eficiente máquina já
criada para converter energia humana em propulsão. Apenas 1% da energia
transmitida das pernas à roda traseira se perde, o que torna possível
ao ciclista manter facilmente a marcha entre 16 e 19 km/h, isto é, quase
quatro vezes a velocidade do caminhar. Não é por outra razão que o
formato deste veículo pouco mudou ao longo de sua história.
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