Os velocípedes do início da segunda metade do século XIX tinham os
pedais fixos ao eixo da roda da frente que era, portanto,
simultaneamente motora e diretriz. A velocidade de deslocamento dependia
exclusivamente da aceleração rotativa dos pedais e o desejo de obter
maior rendimento levou os construtores a procurar um recurso que
favorecesse a ação mecânica do velocipedista. A solução mais fácil foi o
aumento do diâmetro da roda motora, levando ao aparecimento, em 1874, da "grande bi" ou "biciclo", com rodas desiguais, ou seja, uma que atingia um diâmetro de um metro e meio e a de trás reduzida ao mínimo necessário para garantir o equilíbrio.
A partir da década de 1870, os progressos foram rápidos e consecutivos. Em 1877
os pedais passaram a funcionar na base do quadro, presos a uma
engrenagem dentada que uma corrente ligava ao eixo da roda traseira por
intermédio doutra engrenagem de menor número de dentes (um sistema
on-line de transmissão), assegurando assim, a multiplicação variável conforme as dimensões relativas das duas engrenagens.
Em 1890 aparecia, na Inglaterra, um aparelho chamado "cripto",
cujas principais alterações consistiam na presença de rolamentos sobre
esferas nos pedais e na aplicação de câmaras de ar às rodas, pois antes,
as rodas dos velocípedes não passavam de aro metálico ou de madeira,
recoberto, em sua periferia, de borracha maciça destinada a amortecer os
choques e ressaltos nos acidentes do caminho. A roda tubular em
borracha com uma "alma" contendo ar comprimido foi uma invenção do
veterinário escocês Dunlop.
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